Cinco seleções garantiram nesta terça-feira seus lugares na Copa do Mundo de 2014: Itália e Holanda (da Europa), Costa Rica e Estados Unidos (da Concacaf - Américas do Norte e Central) e a Argentina (América do Sul). Assim, dez países estão certos no Mundial até o momento. O Brasil, como país-sede tem vaga certa, e Japão, Irã, Coreia do Sul e Austrália conseguiram a classificação anteriormente na Ásia (os australianos, da Oceania, jogam em outra confederação).
A última rodada das eliminatórias pelo mundo definiu também que a Jordânia será a representante da Ásia na repescagem contra o quinto colocado da América do Sul. Na África, Etiópia, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gana, Burkina Faso, Nigéria, Egito, Argélia e Senegal se classificaram para a fase final, quando um mata-mata vai definir os cinco países que irão para a Copa no Brasil.
As últimas rodadas das eliminatórias acontecerão em outubro e novembro, quando serão conhecidas as 22 seleções que completarão o Mundial. O sorteio dos grupos está marcado para 6 de dezembro, na Costa do Sauípe, na Bahia.
No inicio do mês de dezembro foram definidos os grupos, e dessa forma os confrontos, da primeira fase da Copa do Mundo de 2014.
Por conta de alterações nos critérios na escolha dos cabeças de chave (seleção teoricamente mais forte do grupo) algumas equipes tradicionais se enfrentarão logo na primeira fase do torneio e outros grupos, aparentemente, parecem bem mais fracos do que os outros, mas vamos analisar grupo a grupo o que podemos esperar da primeira fase do torneio mais importante do mundo do futebol.
Lembrando que a Copa é disputada por 32 seleções, divididas em 8 grupos de 4 equipes. Classificam-se para a fase seguinte as duas primeiras colocadas de cada chave, formando assim 16 seleções que dai pra frente se enfrentam em jogos eliminatórios até o final.
Nessa primeira parte do nosso especial e inaugurando a cobertura da Copa do Mundo no Portal da UJS, destacaremos os grupos A,B,C e D.
Grupo A – O caminho da nossa seleção
A seleção brasileira foi sorteda no Grupo A, tendo ao seu lado Croácia, Camarões e México. O Brasil é sem dúvida o favorito para ficar com a primeira vaga.
Pelo futebol irregular que mostrou nas eliminatórias o México não deve ser problema para a seleção canarinho, porém, os mexicanos são uma constante pedra no sapato da nossa seleção. Basta dizer que perdemos as últimas olímpiadas (título que nunca conquistamos) justamente para os mexicanos para dimensionarmos o tamanho dessa pedra.
A Croácia, com quem faremos a primeira partida do Mundial no novo estádio do Corinthians, já foi nossa primeira adversária na Copa de 2006 e naquela ocasião vencemos apertado com um belo gol de Kaká. Os croatas devem ser nosso adversário mais difícil na primeira fase, tanto por ser uma estreia, o que normalmente torna as partidas mais nervosas, quando por ser tecnicamente, depois do Brasil, a melhor seleção do grupo.
Já Camarões, que se classificou com certa tranquilidade frente a Tunísia nas eliminatórias africanas, tem alguns destaques como o já experiente atacante Eto’o, mas ainda está longe do futebol vibrante que encantou o mundo na Copa de 1990. Apenas uma grande surpresa colocaria Camarões na próxima fase do Mundial.
Paulinho, um dos grandes craques do Brasil
Grupo B – Atual campeã e vice se enfrentam novamente
O Grupo B, de onde sai o adversário da nossa seleção nas oitavas de final, traz um grande duelo, Espanha e Holanda. As duas equipes fizeram a grande decisão do último Mundial, disputado na África do Sul. Naquela ocasião os espanhóis levaram a melhor vencendo por 1 a 0.
Difícil apontar um favorito nesse duelo, mas os espanhóis vivem uma grande fase já faz tempo e possuem muitos jogadores talentosos, como Iniesta, por exemplo, e por isso podem acabar levando certa vantagem.
Os holandeses aparecem entre os favoritos ao Mundial e contam com o meio campista Robben em grande fase para chegar longe mais uma vez.
O Chile aparece como terceira força do grupo, mas pode surpreender. A equipe conta com uma nova geração de jogadores muito talentosos e se classificou bem nas eliminatórias sul americanas. Em entrevista recente o treinador da seleção brasileira, Felipão, afirmou que espera não cruzar com os chilenos.
Os australianos, ao que tudo indica, vêm passar férias no Brasil e de quebra disputar uma Copa do Mundo, não devem ganhar nenhuma partida sequer.
Espanha, campeã mundial de 2010
Grupo C – O grupo mais fraco?
Logo após a realização do sorteio, muitos especialistas ao redor do mundo rapidamente apontaram o Grupo C como o mais fraco do Mundial, ao lado do Grupo H não possui nenhum campeão mundial entre seus integrantes.
Colômbia, Grécia, Costa do Marfim e Japão formam essa chave.
Os gregos chegam após classificarem-se nas eliminatórias frente a seleção romena e tentam, aproveitando o equilíbrio do grupo, atingir ao menos as oitavas de final da Copa, para chegar a fase seguinte os japoneses, que estão se tornando frequentes em Copas, apostam no seu futebol veloz e disciplinado.
Uma das forças desse grupo pode ser considerada a seleção de Costa do Marfim. Equipe que conta com uma forte marcação, incomum entre as seleções africanas, que normalmente apostam mais na criatividade e na velocidade de seus atletas, os marfinenses por outro lado trazem entre seus atacantes o craque Drogba. Se a idade do atacante já começa a dar sinais em campo, o seu faro de gol e seu incrível poder de definir jogos decisivos podem ajudar a equilibrar a balança a favor de sua seleção.
A seleção mais forte desse grupo é a Colômbia. Apresentando um futebol de alto nível nas eliminatórias regionais, onde tiveram a melhor defesa, tomando apenas 14 gols em 16 jogos, os colombianos tem talvez sua melhor oportunidade desde 1994 (quando tinham uma grande seleção e não passaram da primeira fase) para fazer bonito e chegar longe no Mundial. A imprensa do país vizinho chega a falar em título… mas essa já é outra história, fato é que a Colômbia tem tudo para chegar tranquilamente a fase seguinte da Copa.
Falcão, atacante da seleção colombiana
Grupo D – O grupo da morte
Se os novos critérios da FIFA para sorteio dos grupos, fez com que o grupo anterior acabasse sem nenhum campeão mundial, temos aqui um caso de uma chave com três campeões mundiais.
Itália, Uruguai e Inglaterra, com a coadjuvante Costa Rica, formam o chamado “grupo da morte”.
Os italianos que venceram a Copa de 2006 e depois fizeram um papel vergonhoso em 2010 sendo eliminados na primeira fase, trazem em sua bagagem quatro títulos mundiais (é a seleção europeia com mais conquistas) e sua tradicional forma de jogar que combina raça a um sistema defensivo extremamente eficaz. Dessa vez os italianos estão ainda mais animados, pois seu ataque funcionou muito bem nas eliminatórias e a equipe se classificou de forma invicta para vir ao Brasil.
Já os ingleses, que possuem um dos campeonatos nacionais mais competitivos do mundo onde os clubes as vezes contam com apenas um jogador inglês de verdade em campo, costumam decepcionar quando se trata de seleção. A equipe que ganhou apenas um título, justamente na Copa realizada na Inglaterra e contando com um gol que a bola nem sequer entrou, costuma ser colocada sempre como uma das favoritas aos mundiais. Embora, particularmente eu ache pouco provável que eles realizem a façanha de conquistar a Copa, de fato podem dar trabalho a seleções mais fortes. Contam com craques como Rooney, Lampard e Gerrad e isso pode sim ser uma vantagem da equipe inglesa.
Os uruguaios, que venceram a única copa realizada no nosso país em 1950, classificaram-se na repescagem, mas por outro lado vem credenciados como atuais campeões da Copa América e fizeram a melhor campanha, entre os sul americanos, no último Mundial. Apostam em surpreender novamente em terras brasileiras e para isso contam com dois dos principais jogadores da atualidade, Cavani e Luis Suarez.
Outra seleção que passa férias em 2014 no Brasil é a Costa Rica, só um milagre os colocaria na fase seguinte da Copa.
Balotelli, esperança de gols da Itália
Fazendo previsões…
A final mais temida e na mesma proporção a mais esperada do torneio é, na minha opinião, Brasil e Argentina. Nessa primeira parte do texto vamos analisar o possível caminho da seleção brasileira para atingir a final da Copa. Na próxima parte do nosso “Para entender a Copa”, analisaremos o caminho dos nossos hermanos rumo a grande decisão.
Em uma chave com Croácia, Camarões e México, o mínimo que podemos esperar do Brasil, jogando em casa, é a primeira colocação. Talvez alguma turbulência na estreia frente aos croatas, um susto ou outro contra o México, mas dando a lógica é Brasil em primeiro lugar.
Cruzaríamos nas oitavas com a segunda colocada do Grupo B. Sendo assim, Espanha, Holanda e Chile podem estar em nosso caminho. Colocando a favorita Espanha em primeiro, teríamos chilenos e holandeses lutando pela segunda posição. Pelo que futebol que ambas as seleções apresentaram nas eliminatórias não teremos vida fácil de jeito nenhum. Mas por estar jogando com mais torcida e mais perto de casa coloco, e torço, pela presença dos chilenos nas oitavas.
Brasil e Chile seria uma batalha de nervos no Mineirão. O Brasil não podendo nem pensar em ser eliminado nas oitavas e os chilenos vindo pra cima com tudo e sem nada a perder. Ainda assim confio na nossa seleção e em craques como Paulinho e Neymar. Brasil nas quartas de final.
Nessa fase teríamos pela frente a segunda colocada do grupo da morte ou a primeira colocada do grupo “mais fraco”. Imagino que Uruguai e Colômbia possam fazer uma das oitavas, e pelo peso da camisa e tradição, coloco os uruguaios frente ao Brasil nas quartas.
Nem precisa dizer o drama que nos espera no Ceará para esta partida, o fantasma de 1950 seria o décimo segundo jogador dos uruguaios. Mas, como aconteceu na Copa das Confederações esse ano, acredito em uma partida difícil, mas com vitória brasileira.
Calculando todas as possibilidades, acredito que Alemanha e França, se apresentem como as prováveis adversárias da nossa seleção nas semifinais. Pelo momento atual os alemães aparecem com mais força. Quem acompanha futebol sabe que a seleção alemã é velha freguesa da nossa seleção e não seria diferente nesse retorno da nossa seleção ao Mineirão. Torçamos para um dia de muito calor e alemães de língua de fora já no primeiro tempo. Brasil vencendo mais uma vez.
Pois é meus amigos, essa é uma previsão seguindo a lógica. Estaríamos dessa forma garantidos na final de 13 de Julho no Maracanã. As previsões foram feitas contando com minha torcida pela seleção e a lógica. Minha torcida vai continuar, mas lógica e futebol muitas vezes andam bem separados… é esperar pra ver.
Por Thiago Cassis
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